quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Setembro is coming...

"Gosto das tuas notícias e do teu feeling. Claro, claro que vem. O amor tá solto no ar de setembro (chega — wow! — amanhã) e já vimos tanta coisa e já sabemos de tantas outras que não vamos entregar a rapadura assim no mais, chê. Ando cheio de fé."
Caio Fernando Abreu
Foi só pra mim, ou o mês de Agosto esse ano durou MUITO? Parece que levou décadas para chegar o dia de hoje, o último dia desse mês infernal. É sério, não estou exagerando, tirando alguns fatos isolados, esse mês foi definitivamente o pior mês do ano até agora, e eu não acho que os próximos consigam superá-lo !
No calendário atrológico, esse é o mês mais complicado para relacionamentos. E parece mesmo que em todo lugar que eu ia, tinha alguém reclamando que brigou com o namorado ou namorada, melhores amigos, pais e etc. Era como se esse fosse o período em que a paciência de tudo e todos evaporasse e desse lugar à um sentimento de confusão e indiferença. Cheguei a pensar que essa tal crise-de-agosto não fosse me atingir, mas que boba eu fui, me atingiu em cheio. Tive discussões com pessoas que eu achei que nunca teria, magoei outras que eu nunca quis magoar, e inúmeros outros problemas que não é necessário citar. Todos esse problemas fizeram esse mês durar o que me pareceu uma eternidade, e me fizesse esperar ansiosamente pelo próximo.
O que importa é: Setembro chegou. E totalmente contrário ao anterior, setembro é um mês que eu adoro. Não sei bem o motivo, para falar a verdade, mas eu me sinto muito bem quando chega setembro. Talvez seja pelo clima, nada de muito calor e nem muito frio, o clima ideal, e a sensação de que as flores vão colorir um pouco mais a cidade, como em toda a primavera. Talvez seja por que sei que meu aniversário está chegando, e eu sou o tipo de pessoa que gosta de ficar mais velha. Fico cheia de esperança, pois para mim, todo aniversário é um ano novo pessoal.

A esperança está no ar como se eu pudesse vê-la claramente, assim, a olho nu.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

"Assim eu vou resumindo um pouco da minhas ferias..."

As aulas começaram semana passada, e eu senti que deveria fazer um post (dito assim mesmo, pooooust), resumindo minhas férias. Como eu ainda não adotei o método do caderninho, usado pelo Atilas, vou escrever somente as coisas que eu me lembro, e que tenho vontade de contar a vocês.
Bem, passei a maior parte das minhas férias fazendo o que casais fazem: fiquei em casa, assisti filmes, saí pra tomar sorvete e andar pela praça da cidade. Mas além disso, eu fiz esquentas na casa da Elisinha (de lei), brinquei de gato mia, e também de uma brincadeira que eu nao lembro o nome, que dependia de rapidez e atenção, e que a finalidade era todo mundo sair bebado. Não conseguimos, somos lerdos.
Viajei para Ferraz, passei uma tarde na paulista, fui ver um cover do Legião Urbana, que acabei não vendo inteiramente, e ainda por cima fui obrigada a aguentar o cover da banda mais melodramática da história, The Smiths, não ouçam. Mas enfim, o mais importante eu fiz, assisti ao show do Marcelo Camelo, que conta com a participação da Mallu Magalhães, e por mais que eu não vá muito com a cara dela, é lindo ve-los cantando juntos.
Voltei para Angatuba no domingo, para no dia seguinte voltar a rotina.
No meio disso tudo, eu ainda tive que ouvir pérolas, que me fizeram rir por pelo menos uns dias.

"Eu descolori o cabelo pra parecer a Fernanda Lima em Bang Bang, não deu certo, e aí eu tive que pintar de novo"
Elisa, sobre acreditar em milagres.

"Você cogitou a hipótese de fazer cirurgia plástica ou nascer de novo?"
Jay, sobre a afirmação acima.

"Sabe, eu acho que antigamente eles não falavam esses palavrões de hoje né? Tipo, buceta..Acho que antes era só vagina"
Luan sobre palavrões antigos

"Não tire os óculos, use e abuse dos óculos! *cantando*"
Bêbado para mim, depois que eu tirei os óculos para limpar.

"Eu comecei a trabalhar na loja de materiais de construção da minha mãe, e descobri que existe rejunte colorido, isso mudou minha vida, gente."
Bia, sobre descobertas que mudam nossas vidas.

"Se isso fosse uma democracia, nós íriamos comer um dogão, mas como o mundo não é justo, vamos embora."
Adriano, sobre a votação que decidiria nosso destino as 3 da manhã.

"É, o SPFC ganhou o jogo ontem né? E o corinthians perdeu.."
"Tá moça, mas o que você ganhou com isso?"
Bebâdo para mim, sobre não ganhar nada sendo torcedora.

Num momento você estava aqui, no outro já não estava.

"Fiquei triste. Num momento você estava aqui, no outro já não estava. Igual a um bicho de estimação que morre de repente e somem com o corpo.Para onde foi tudo aquilo? Que tínhamos tão seguro. Tão certos de sua eternidade. Para onde foi, hein? Meu peito, depósito subitamente esvaziado, aperta-se no meio de tanto espaço.Tento identificar o instante, quando o que tínhamos se perdeu. Mas nem sei se o perdemos juntos ou se juntos já não estávamos. Me desespera saber que um amor, um dia desses tão grande, possa ter desaparecido com tanta facilidade.Como já disse, estou triste; e isso me faz acreditar no poder das cartas. Não falo de tarô, mas destas, escritas e mandadas ou não mandadas. Cheias de questões e metáforas, que assim, misturadas cuidadosamente, num cafona português polido, soam mais sensatas. Qual poder espero desta carta? Simples: que deixe registrado este meu estranho momento. Quando o que devia ser alívio revela-se angústia. E a cabeça não pára, vasculhando cantos vazios. Não gosto de perder as minhas coisas, você sabe. E hoje, cercada pela sua ausência, procuro o que procurar. Experimentando o desânimo da busca desiludida. Pois, se um amor como aquele acaba dessa maneira, vale a pena encontrar um outro? Será inteligente apostar tanto de novo? Aposto que você está pouco se lixando para isso tudo. Que seguiu sua vida tranqüilamente, como se nada de tão importante tivesse ocorrido. E está até achando graça desta minha carta, julgando-a patética e ridícula. Você, redundante como sempre.Só há uma coisa certa a respeito disso: não desejo resposta sua. É, esta é uma daquelas cartas que não são para ser respondidas. Apenas lidas, relidas, depois picadas em pedacinhos. Sendo esse o destino mais nobre para as emoções abandonadas.Queria apenas pedir um favor antes que você rasgue este resto do que tivemos. Se algum dia, tendo bebido demais, sei lá, você acabar pensando tolices parecidas com estas, escreva também uma carta. Mesmo sem jamais saber o que você irá dizer, sei que ela fará de mim menos ridícula. Neste amor e, por isso, em todo o resto. Pois adoraria que você fosse capaz de tanto - escrever uma carta é um ato de desmedida coragem. E eu ficaria, enfim, feliz comigo, por tê-lo amado. Um homem assim, capaz de escrever bobagens amorosas. Então é isso - como sou insuportavelmente romântica, meu Deus. Termino aqui essa história, de minha parte, contando que estas palavras façam jus ao fim do amor que senti. E deixando este testamento de dor, onde me reconheço fraca e irremediável. Porque ainda gostaria de poder acreditar que você nadaria de volta para mim."
Fernanda Young


É tão bom saber que só me sinto assim quando estou longe de você. É tão bom saber que está disposto a fazer as coisas certas tanto quanto eu. E sabe o que é melhor? Saber que mesmo depois de tudo, você ainda tem a incrível capacidade de fazer todas as minhas preocupações sumirem com um simples abraço.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Agosto.

"Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu sem o menor pudor, invente um. [...] Remoto ou acessível, que você possa pensar nesse amor nas noites de agosto, viajar por ilhas do Pacífico Sul, Grécia, Cancún ou Miami, ao gosto do freguês. Que se possa sonhar, isso é que conta, com mãos dadas, suspiros, juras, projetos, abraços no convés à lua cheia, brilhos na costa ao longe. E beijos, muitos. Bem molhados."

Caio Fernando de Abreu.