quarta-feira, 29 de julho de 2009

Bem ou mal? Ambos.

Bem, eu tinha um texto pronto para postar no blog hoje, mas alguns acontecimentos me fizeram mudar de idéia. É algo que eu repito todas as vezes que meus amigos me pedem conselhos sobre relacionamento, alguns deles até estão cansados de ouvir, mas eu não desisto.
Durante os meus quase 16 anos de vida (21 de setembro tá aí, ok?), eu usei uma regra básica em meus relacionamentos, quando digo relacionamentos quero dizer tudo mesmo, amigos, colegas, ficantes, rolos e namorados. É uma promessa, que eu fiz para mim mesma, assim que comecei a perceber o quanto as pessoas magoam umas as outras, insistentemente, em todas essas relações. É simples: prometi que as pessoas só permaneceriam na minha vida, enquanto estiverem me fazendo mais bem, do que mal.
Não estou dizendo que se alguém me aborrecer ou me irritar, eu vá sumir e nunca mais falar com a tal pessoa, até porque não é muito fácil me aborrecer ou me irritar, né? Enfim, o que eu quero dizer é que todas as vezes em que eu estiver aborrecida ou irritada, eu não vou só me concentrar naquilo, claro que eu vou ficar muito muito muito aborrecida ou irritada, como é de costume, mas vou lembrar também das coisas boas ligadas a tal pessoa, e se essas coisas forem suficientemente boas, as coisas ruins simplismente vão desaparecer.
Claro que também acontece o contrário. As vezes alguém me faz muito bem, mas em alguns momentos me faz mal como nenhum outro, e isso é suficiente para que as coisas boas sejam incapazes de superar. Não, eu não fico anotando quando alguém me faz bem, ou mal, não mesmo, é subconsciente. É como se em algum momento eu pensasse "Chega", e automaticamente eu acabo me afastando.
As vezes, eu demoro um pouco a perceber que essa pessoa está me fazendo mal, talvez por gostar muito dele ou dela, ou porque eu simplismente não consigo enxergar. As vezes preciso fechar os olhos antes de dormir, e pensar nos prós e nos contras, u know? Pensar em mim e no que eu acredito. É aquela velha história de que o pior cego é aquele que não quer ver. E eu quero, quero fechar meus olhos e continuar enxergando.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Agora? O vento.

"No fim tu hás de ver,
que as coisas mais leves são as únicas que o vento não consegue levar.
Um estribilho antigo,
um carinho no momento preciso,
o folhear de um livro de poemas,
o cheiro que tinha, um dia, o próprio vento."
Mario Quintana

segunda-feira, 20 de julho de 2009

"As vezes amanheço,
e minha alma está úmida.
Soa e ressoa o mar distante,
isto é um porto.
Aqui eu te amo."
Pablo Neruda

Porque insiste em deixar o mar cada vez mais distante de mim? Deixe-me entrar nele, explora-lo e encontrar quantos portos forem precisos. E enquanto isso, fazer o mesmo com você, fazer de ti meu porto seguro.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Penso, com mágoa, que o relacionamento da gente sempre foi um tanto unilateral, sei lá, não quero ser injusto nem nada - apenas me ferem muito esses teus silêncios."
Caio Fernando Abreu.


Pior que qualquer ofensa. Pior que extravasar, magoar. Pior que brigar por horas. Que ofenda, extravase, magoe e brigue. Mas que não use a indiferença de um silêncio.
Silenciar machuca da pior maneira.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Escolhas.

Foi voltando para casa ontem, que eu tive tempo para pensar sobre algumas coisas da vida. Coisas essas que eu gostaria de pensar com mais frequencia, mas quase nunca posso. Estava decendo uma das ruas do centro da cidade, quando olhando para o céu, percebi que todas as pombas que voavam por ali, acabavam por pousar no telhado de uma mesma casa. Fiquei intrigada. Por que ficavam todas no mesmo lugar? Estavam juntas? O telhado daquela casa era maior do que os das casas ao redor? Não, não era. Tinha uma cor extravagante ou diferente? Não, não tinha. Então por que, meu Deus, elas escolheram AQUELE telhado? Parei de andar, e comecei a direcionar aquela situação para minha vida, para o meu cotidiano...Será que todas as escolhas que eu fiz, durante 15 anos, tinham algum motivo? Será que eu, como aquelas pombas, fazia escolhas nada sensatas? Será que muitas vezes fiz escolhas erradas, sabendo que eram erradas? A resposta era sim. Todos os dias. E comecei a ter medo disso.
Enquanto as via voando em cima de minha cabeça, e voltando fielmente aquela mesma casa, pensei também em insistência, em escolhas que julgamos até o fim, serem as certas. Sobre certezas que teimamos em ter, quando não temos certeza de nada. Sobre a complexidade que é escolher alguma coisa, pensar nos prós e nos contras, e finalmente pensei na simplicidade que é não pensar em nada disso, só escolher. De repente elas saíram de lá, e dessa vez não voltaram.

É, talvez tenham mais escolhas a fazer.